ELISABETH VIGÉE LE BRUN: o polêmico retrato de Maria Antonieta

6.10.25 |

 


No século XVIII uma menina nascida no interior da França, desde pequena manifestou seu talento para a pintura. Morando em Paris, aprimorou suas técnicas e a influência do marido contribuiu para ser conhecida, chegando até a se tornar a retratista oficial de Maria Antonieta. Mas um retrato causou muita polêmica na Corte quando foi exibido na exposição anual de Paris. Estamos falando de Elisabeth Vigée le Brun; e é sobre sua trajetória e o quadro polêmico o tema do nosso artigo. Fica por aqui e conheça esta história.


*Conteúdo produzido por humano


Elisabeth Vigée Le Brun | Autorretrato - 1782

A ORIGEM DE LE BRUN

 

Nascida em Paris em 16 de abril de 1755, era filha do pintor e retratista, Louis Vigée, com quem tomou as primeiras aulas de pintura; sua mãe Jeanne Maissin era cabeleireira e ficou viúva quando Elisabeth tinha 12 anos. Depois que se casou com um rico joalheiro Jacques-François Le Sèvre, a família mudou-se pouco depois para a Rue Saint-Honoré, perto do Palais Royal em Paris.

 

O talento já era reconhecido desde os seus primeiros trabalhos, pintando retratos de amigos e familiares. Entre eles estava o marchand Jean-Baptiste Pierre Le Brun, um pintor, colecionador e negociante de arte francês e sobrinho-bisneto de Charles Le Brun, pintor oficial de Luís XIV; Elisabeth casou-se com ele em 1776.

 

Após anos aprimorando sua arte nos ateliês de Blaise Bocquet, Pierre Davesne e Gabriel Briard, Élisabeth Vigée Le Brun sua técnica de pintura e foi comparada aos mais habilidosos artistas da sua época. Com uma técnica altamente sofisticada, aliada ao sucesso do irmão escritor e os relacionamentos do marido, ela conquistou rapidamente uma clientela exclusiva e viu sua reputação crescer cada vez mais.


A RETRATISTA DE MARIA ANTONIETA

 

Em 1774, Elisabeth le Brun tornou-se membro da Académie de Saint-Luc, uma guilda de mestres pintores e escultores sediada em Paris. Quatro anos depois foi nomeada artista oficial de Maria Antonieta, que se tornaria sua patrona e confidente. A influência da rainha contribuiu para sua admissão na Academia Real de Pintura e Escultura em 1783.


Maria Antonieta 

Os retratos de Maria Antonieta com trajes mais simples aparecendo com os filhos, ajudaram a melhorar a má propaganda que se fazia a seu respeito e ganhar a simpatia do público. 


Maria Antonieta com filhos

O RETRATO POLÊMICO

 

Em 1783, na exposição anual de Paris, Elisabeth Le Brun exibiu um retrato da rainha em traje informal, o que provocou reações indignadas na Corte, por estar vestida com uma espécie de camisola que era usada por baixo do vestido e feita com musseline de origem britânica. Bem diferente dos trajes luxuosos dos nobres e aristocratas que apareciam em retratos. Mas isto não abalou sua reputação; o quadro foi retirado da exposição e no ano seguinte voltou a ser exibido, desta vez mostrava Maria Antonieta ostentando o luxo da corte.


Maria Antonieta - 1783


Maria Antonieta - 1784

O EXÍLIO
 

Dependente do patrocínio da família real, que elevou seu status social e profissional, foi forçada a deixar Paris com a filha em 1789, nos primeiros momentos da Revolução Francesa, que decretou a prisão de Luís XVI e Maria Antonieta. Ela seguiu para a Itália, depois morou na Áustria e em seguida na Rússia, e graças à sua reputação e convivência com famílias reais, conquistou nova clientela.

 

Seu talento foi reconhecido e os aplausos das academias de Roma, Bolonha, Parma, Florença e São Petersburgo, deram continuidade a sua carreira, cobrando preços elevados por seus retratos mantendo seu estilo de vida de alto padrão.


Duquesa de Berry

1797- Último rei da Polônia, Stanisław August Poniatowski


De volta a Paris em 1802, Le Brun voltou a ter contatos importantes do seu círculo social anterior a Revolução. No começo do século XIX a elite europeia ainda se interessava por seu trabalho; ela visitou  a Inglaterra no começo do século XIX e retratou vários membros notáveis da sociedade e da aristocracia, incluindo Lord Byron.

 

Faleceu em 30 de março de 1842 em Paris deixando um importante legado para pesquisas sobre as mudanças da moda naquele período, através da perfeição e riqueza de detalhes encontrados nos retratos. 


Elisabeth Vigée Le Brun. Autorretrato


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